18 junho 2010

Cinema Digital: Reflexões e Prática

A tecnologia digital institucionalizou-se e trouxe com ela novas perspectivas de articulação econômica, criativa e informativa. A convergência de equipamentos e a descentralização dos pólos de emissão possibilitam a qualquer indivíduo produzir e distribuir idéias através das redes estabelecidas (pela teledifusão, pelos telefones celulares, pela web).
Dois fenômenos, contudo, ocorrem paralelamente: de um lado o aprimoramento tecnológico (com o advento do HDTV), novos métodos de produção e uso, e o estudo de novas linguagens ainda em processo; de outro a captação imediata, ou a produção amadora e independente, caracterizado pelo imediatismo, pelo que se quer contar, pelo fato em si. O cinema explora ambas as possibilidades pela liberdade que lhe é inerente. Insere desse modo, em sua essência, a eficácia e a técnica das matrizes avançadas e a criatividade e o senso de oportunidade do sujeito que percebe e reproduz a ação. São, portanto, a técnica e a criatividade dois elementos em constante movimento que permeiam as produções cinematográficas.
Mas como inovar e se destacar sem o reconhecimento desses caminhos inovadores, sem sua atualização constante, e, principalmente, num mundo possível a todos? Fazer cinema digital é participar de um movimento que se inicia, e que comunga de valores comunitários e democráticos. Um mundo dado pelas novas tecnologias. É nesse mundo que a Unimonte entra agora, na vanguarda com a vanguarda.




Objetivos 
=> Inserir os profissionais das Ciências Sociais Aplicadas, especificamente os comunicólogos, no pensamento cinematográfico e em sua plataforma mais atual: a digital.
  =>Levar o aluno a entender as tendências que se apresentam na linguagem, na produção e no mercado do Cinema Digital.
=> Estimular o aluno para a formação de empreendedores de produção, capazes de formalizar projetos e propostas para a captação de recursos junto a organismos públicos e privados.

 => Possibilitar ao aluno uma visão de independência econômica aos egressos dos cursos de comunicação.
  => Levar o aluno a encontrar, através da pesquisa conceitual, modos alternativos de construção da imagem.
  => Possibilitar o aluno a se desenvolver de modo pioneiro em um terreno profissional ainda inexplorado no país.

Público-alvo 
Profissionais graduados que atuam nas áreas de cinema, mídia e comunicação em geral, e que buscam atualizar-se quanto às práticas e tendências da produção cinematográfica digital.

17 junho 2010

Filmes ou seriados?

Ultimamente tenho visto mais séries do que filmes. Mas, pelo que converso com alguns amigos cinéfilos, não sou o único. Hoje, ao terminar de ver a primeira temporada de Dexter (a quarta terminou em setembro), me peguei refletindo sobre isso. Afinal, qual seria o motivo de deixar um pouco o cinema de lado, para acompanhar diversas séries?

É fato que para um ser humano ser "fisgado" por uma história (enquadremos filmes e seriados aí), o binômio projeção/ identificação é essencial. Quando vemos um filme, por exemplo, torcemos para a personagem "x" ter determinadas atitudes e comportamentos. Se pudéssemos estar no lugar dela, certamente as teríamos, ou, pelo menos, gostaríamos de ter. Quem nunca, literalmente, torceu por uma personagem?

A meu ver, é exatamente aí que as séries levam vantagem. Podemos ter mais tempo com nossas personagens preferidas, torcer, amar, sofrer, desejar... por e com elas. É como se fosse um caso de amor. Mais duradouro, às vezes pode levar várias temporadas. De algumas enjoamos e largamos, mas com outras vamos até o fim. Os filmes seriam como sexo casual. São duas horas, às vezes um pouco menos, às vezes um pouco mais e tchau. Não acontece o envolvimento que uma série pode proporcionar, com vários encontros etc.

Pode ser que o sucesso de continuações e sagas cinematográficas derivem justamente desta questão. O reencontro. Não é minha intenção depreciar o cinema, em favor de séries. Sou cinéfilo de carteirinha e não me separo da sétima arte. Mas estou meio que... dando um tempo. Não vejo mais a quantidade de filmes que via, justamente por causa das séries. Minhas amantes inesperadas. Mas, de vez em quando, dou uma passada em casa, para mostrar aos filmes que ainda estou presente.

O outro lado do cinema nacional





Mais de 16 milhões de espectadores em 2009 garantiram ao cinema nacional o melhor desempenho nos últimos cinco anos (segundo dados da Ancine – Agência Nacional de Cinema), mas isso não é motivo para se comemorar. Dos 84 filmes nacionais lançados comercialmente no ano passado, apenas quatro ultrapassaram a marca de um milhão de ingressos vendidos em 2009 (ver box), números que demonstram que a produção audiovisual brasileira ainda não conquistou um espaço sólido no mercado.

Mesmo com a lei de cota de exibição de longas metragens nacionais, que estipula que cada cinema do país deve exibir filmes brasileiros durante 28 dias do ano, no mínimo (este número, assim como o mínimo obrigatório de títulos, aumenta conforme a quantidade de salas de cada exibidor), não há uma garantia de distribuição democrática para todas as produções, principalmente as independentes. “Há uma espécie de monopolização da Globo Filmes. As grandes salas não têm interesse em exibir filmes independentes”, avalia o ator e crítico de cinema Rangel Andrade.

Os dez filmes brasileiros com maior bilheteria em 2009 (Fonte: Ancine)

Título
Público (2009)
Público total (2009 e 2010)
Renda 2009 (em R$)
Se eu Fosse Você 2
5.786.844
6.112.851
47.622.137
A Mulher Invisível
2.353.136
2.353.136
20.498.576
Os Normais 2
2.202.640
2.202.640
18.978.259,88
Divã
1.866.235
1.866.235
16.492.461,11
O Menino da Porteira
666.625
666.625
4.559.799
Besouro
481.381
481.381
3.769.206,75
O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes
361.030
361.030
1.915.058
Salve Geral
316.077
316.077
2.640.159,02
Jean Charles
292.471
292.471
2.448.735,02
Xuxa em o Mistério de Feiurinha (ainda em cartaz)
250.109
1.200.000
1.766.416,65

Público não acompanha crescimento da produção de filmes nacionais

Enquanto a produção de filmes brasileiros cresceu 163% entre 2001 e 2008 (segundo dados da Ancine), o público não acompanhou esta que é a melhor fase do cinema nacional, desde a retomada. A venda de ingressos, neste mesmo período, cresceu apenas 6,6%. Rangel Andrade atribui este problema à distribuição ineficiente (restrita aos grandes centros) e à ausência de produções independentes nas grandes redes exibidoras: “Temos excelentes salas que não dão o devido investimento às produções nacionais de baixo orçamento”, afirma.

“A atual produção brasileira se foca mais em lançar filmes comerciais, que apenas divertem, em vez de dar aos espectadores a chance de pensar, questionar e se informar, característica mais comum aos filmes de arte, em sua imensa maioria, independentes, com pouco apoio e precária distribuição”, opina Rangel. Pensando nisso, o empresário Adailton Medeiros, que já participou de importantes projetos culturais, como a Lona Cultural de Anchieta, resolveu aproximar o cinema nacional de uma parcela menos favorecida da população. Para isso, ele escolheu abrir um cinema em Guadalupe, subúrbio do Rio de Janeiro.

11 abril 2010

Vinhetas Das Sessões De Filmes Dos Anos 70



Essas vão ser difíceis de lembrar!

Documentário dos filmes do ano 70 à 80


Em 1971, Woody Allen lançou “Bananas”, filme que anunciou a renovação que o cinema norte-americano passaria nos anos 70. Na década, surgiram alguns dos mais inspirados diretores contemporâneos como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, George Lucas e Steven Spielberg. De um cinema adulto com filmes que mergulharam nas almas de seus personagens, como “Sob o Domínio do Medo” (dir. Sam Peckinpah, 1971), “Laranja Mecânica” (dir. Stanley Kubrick, 1971), “O Poderoso Chefão” (dir. Francis Ford Coppola, 1972), “Taxi Driver” (dir. Martin Scorsese, 1974) e “Apocalypse Now” (dir. Francis Ford Coppola, 1979), a década terminou com o domínio do cinema feito para adolescentes. Teve também o sucesso dos “filmes de catástrofes”, como “Aeroporto” (dir. George Segal, 1970), “Terremoto” (dir. Mark Robson, 1974) e “Inferno na Torre” (dir. John Guillemin e Irwin Allen, 1974).

Reprodução
"Apocalypse Now", de Francis Ford Coppola,
retrata a insanidade da Guerra do Vietnã,
um dos grandes dramas da sociedade
norte-americana no começo dos anos 70








 Apesar de tantos clássicos produzidos por aqueles que estariam entre os maiores diretores de todos os tempos, um filme símbolo dos anos 70 é aquele que alimentou a febre da onda das discotecas. “Os Embalos de Sábado à Noite” (dir. John Badham, 1977) traz John Travolta no papel de Tony Manero, um jovem que trabalha como balconista, sem perspectivas, que encontra sentido para sua vida apenas nas pistas de dança das discotecas de Nova Iorque. Os hits dos Bee Gees, Kool & The Gang e KC & The Sunshine Band, a moda de roupas de poliéstrer e sapatos plataforma e o visual das pistas de dança com seus globos espelhados ficaram eternizados como a marca de uma era.
O sucesso de “Os Embalos de Sábado à Noite” fez com que Hollywood descobrisse nos filmes para adolescentes o caminho para grandes bilheterias. A era do “cinema teen”, que predominaria nas décadas seguintes, avança nos anos 70 com “Guerra nas Estrelas” (dir. George Lucas, 1977), uma obra repleta de efeitos especiais impactantes e uma nova e acelerada linguagem para a ficção científica, e com o sucesso do musical “Grease – Nos Tempos da Brilhantina” (dir. Randal Kleiser, 1978), que traz novamente John Travolta no papel principal, desta vez ao lado da atriz-cantora Olivia Newton-John.





No Brasil, os filmes do “cinema da Boca” e os patrocinados pelo mecenato estatal da Embrafilme mostravam as duas faces da produção cinematográfica nacional. De um lado um cinema marginal representado por diretores como Ozualdo Candeias, Rogério Sganzerla, Carlos Reichenbach, David Cardoso e José Mojica Marins, o Zé do Caixão. De outro, os filmes produzidos pela Embrafilme dos diretores Cacá Diegues, Nélson Pereira dos Santos, Hector Babenco, Neville de Almeida, Arnaldo Jabor e Bruno Barreto, entre outros. O resultado ia de filmes escrachados como “Bacalhau” (dir. Adriano Stuart, 1975), uma sátira do sucesso “Tubarão” (dir. Steven Spielberg, 1975), ao cinema autoral de Walter Hugo Khoury , além de uma vasta produção de pornochanchadas, como “O Bem Dotado, o Homem de Itu” (dir. José Miziara, 1978).




 Reprodução
O filme "O Bem Dotado" foi uma das pornochanchadas
lançadas nos anos 70 pelo cinema brasileiro
          

06 abril 2010

sociedade voltada para o incentivo da produção audiovisual independente

A Sociedade Amigos do Cinema Experimental, é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, tendo como base de sua constituição a Lei 9.790 de 23 de Março de 1999.
 
O principal objetivo é difundir, ensinar e produzir a arte do audiovisual, contribuindo de forma social a ajudar aqueles desprovidos de condições financeiras além de colaborar com o desenvolvimento cultural.






Vejam aqui o ultimo discurso de Charles chaplin